Dois Mundos

PARTE 7 -
Ela não pode dizer onde estava, nem como iria se virar. Tudo ali era diferente, moderno, e muito sujo. Recostou-se na parede sem fôlego, mas percebeu, com alivio, que a dor nas costas sumira assim que entraram no Planeta Terra.
- Isto é presente do rei. – Disse um elfo baixinho aparecendo em frente a ela.
Anya olhou para as mãos dele, onde tinha uma chave e um papel.
- O que é isso?
- Eu não sei. Parece ser um endereço. – O elfo a abraçou desastrado. – A aldeia vai sentir sua falta.
Ela quase chorou com aquilo. Não o conhecia direito, mas mesmo assim ele parecia sofrer com a perda dela.
- Está tudo bem, Elfo Julius. Eu vou me virar. – Anya retribuiu o abraço, depois se afastou sentindo as lágrimas quentes brotarem. – Agora volte, antes que fiquem desconfiados de algo.
O elfo fungou, levantando uma faca no ar e o cortando. Depois passou pelo portal, que se fechou com um estalo fraco.
Anya se concentrou na chave e no papel. Quando leu o endereço, seu coração deu um salto. Conhecia aquele lugar afinal.
- Brasil...
Já ouvira histórias sobre ali, seu povo falava a língua deles freqüentemente. Precisava apenas se guiar, pegou um pedaço de madeira pontiagudo que tinha no canto e rasgou um portal, se concentrando no endereço do papel.
Quando passou pelo portal, saiu em outra rua escura. Estava nervosa com o fuso horário, ali já era noite, mas em seu mundo ainda era dia. Achou a casa do endereço, era na verdade um apartamento, pequeno, de dois cômodos, mas a maioria de suas coisas já estava ali. Ela olhou para suas telas de pintura, tantos desenhos que havia feito. Mas, não podia pensar nisso agora. Precisava descansar, por isso deitou-se na cama enferrujada, mas dormiu chorando de infelicidade.

Continua...

É, o fórum tem historias legais, isso é tão bom, vc ta querendo se distrair, e tal, entra no fórum e tem varias histórias legais pra ler.

ps: Eu adoro o jeito q Anya faz pra abrir um portal vc se baseou em alguma coisa pra isso Polly? De onde vc tirou que "rasgar" o ar poderia abrir um portal?
*Tentando abrir um portal com uma caneta*

KKKKKKKKKKKKK, eu ri. Simples, todos os mundos sao ligados e colados uns aos outros, porém os humanos em maioria nao acreditam, por isso nao conseguem cortar portais . As criaturas e seres magicos podem abrir rasgos nisso para ir ao mundo seguinte, e as vezes pode acontecer de humanos cairem em rasgos que nao se fecharam direito. Sao os sumiços repentinos sem logica nenhuma.

Mas eu acreditei! Eu realmente tentei! Você viu! A webcam tava ligada ¬¬
Isso é farsa!
Não leio mais ¬¬
aehaeuhaeueahueahueahueh
zlolz

SAIOSAIOASIOIASOIOASSIOASIOAIOSA, eu vi eu vi. ué nao é uma farsa, voce é humano, o unico jeito de conseguir abrir um portal é mostrando a outras pessoas e as fazendo acreditar, para virarmos um povo magico tambem.

*coçando a barba
hm...

interessante. Parabéns pela criatividade, eu só gostaria de falar uma coisa, se minha opinião vale alguma coisa, uma crítica na verdade. Para os leigos, seu texto fica muito confuso, como saberão o que são fadas, ciclopes, harpias, semideuses e blablabla?

Outro ponto. Não entendi a parte em que você mistura mitologia nórdica com mitologia grega

Foi um conto em que eu nao podia passar de 5 paginas, e acabei fazendo quase 30, nao pude detalhar o que eram fadas (fadas e ciclopes alias estao ate em historinhas infantis). Harpias só estao de enfeite no tribunal, e quem quiser pode jogar no google imagines e ver. SEMI - DEUSES, meio deus, meio humano, qual é, nao é dificil. E os melhores livros pegam o melhor de cada mitologia. Eu nao vejo porque nao, uma fada viver no mesmo mundo que um semideus, se isso aí é ficçao.

PARTE 8 -
Dellano se virou para o espelho, fitando o filete de sangue descer por sua sobrancelha. Não se importava com o ardor dos cortes, nem com o músculo tremendo involuntariamente pelo esforço físico. A dor interna era pior.
- Eu vou te achar... – Ele socou o espelho, fazendo-o trincar e cortar um pouco a mão.
- Esqueça a menina, Dell. – Sussurrou uma voz familiar.
Ele não precisou virar-se para distinguir quem estava ali. Conhecia aquela voz desde que se entendia por gente, a voz de sua irmã mais nova.
- Não consigo. – Dellano respirou fundo, ignorando o latejo em seu peito por causa dos cortes. – Ingrid, eu vou ir atrás dela.
- Papai não vai deixar, se ele desconfiar de algo vai mandar um exército te caçar.
- Ele não vai desconfiar.
- Ah, não? E porque está tão confiante?
- Ficamos sozinhos aqui a maior parte do tempo, já que ele passa a vida toda no castelo submarino.
- Mas, tem as visitas...
- Há uma batalha entre os centauros e os ciclopes se formando, posso dar a desculpa de ter ido comentar planos estratégicos de luta.
- Ele ainda nem escolheu um lado.
- Fico com o dos ciclopes, são mais bobões para perceber alguma coisa.
Ingrid o fitou nos olhos verdes como o mar, os mesmos que os dela e todos os filhos de Poseidon.
- Ela está no Brasil, no Rio de Janeiro para ser mais exata.
Ele concordou com a cabeça, resistindo à vontade de perguntar como ela sabia disso. Ingrid deu um sorriso preocupado, passando os braços por ele para envolvê-lo.
- Tome cuidado. – Pediu ela, balançando o cabelo castanho de um lado para o outro como se afastasse coisas ruins. – O mundo humano é perigoso.
- Eu vou ficar bem, irmãzinha. – Dellano a beliscou no queixo, retribuindo o abraço meio desajeitado e depois se afastando.

Continua....

*E tuts, me desculpe, mas....

"Para os leigos, seu texto fica muito confuso, como saberão o que são fadas, ciclopes, harpias, semideuses e blablabla?

Não entendi a parte em que você mistura mitologia nórdica com mitologia grega"

Se vai criticar algo tão básico, dê ao menos o trabalho de não se chamar de leigo ok? E ela disse no inicio, "trabalho de escola" relaxa...

Primeiro que eu não tava falando contigo, falei com quem escreveu a história

E segundo, Polly, eu não disse que tava errado, nem disse que não podia, eu dei apenas uma opinião, se vc quiser acatar e melhorar, tudo bem, se não quiser, não posso fazer nada

E porque usar uma só mitologia iria melhorar? Eu nao gosto de certas partes da mitologia grega, nao estou contando a historia da mitologia grega nem da nordica, estou contando a historia dos Reinos Enémenos.

PARTE 9 -
Os dois saíram da mansão, indo em direção a cachoeira que havia bem perto. Ele mergulhou, mas sumiu dentro das águas, reaparecendo em alto mar, no meio do oceano atlântico. Nadou sem problemas até uma parte vazia da praia, e quando saiu da água estava completamente seco.
Ainda pode me ouvir, Ingrid? – Dellano disse em mente.
É claro. Está no lugar certo, vá para a cidade e procure por uma loja de obras de arte. – A voz da irmã ressoou na mente dele.
Ele agradeceu por ter uma ligação empática com ela, uma ligação tão forte que se um morresse, o outro morreria junto, além da telepatia. Quando chegou à cidade, perguntou para alguns cariocas sobre a tal loja, e não tardou a encontrá-la.
- Bom dia! – Exclamou em português o atendente. – Procurando algo especial?
Dellano sorriu, mas falou com sotaque forte.
- Apenas observando.
O atendente acenou, voltando para trás de um balcão, dando chance a ele ver melhor quem estava ali. Não tinha muita gente, mas Anya estava um pouco escondida, falando em um português fluente com uma mulher que também trabalhava na loja. As duas deram risada e a mulher entregou um cheque para ela, que agradeceu e se virou para ir embora. Mas congelou ao ver Dellano.
Ele tentou pronunciar uma palavra que fosse, mas sua voz parecia ter ficado no Atlântico. Apenas a segurou pelo pulso para tirá-la dali, indo em direção a praia em silencio.
- Não posso! – Exclamou Anya, se esquivando e parando em um lugar afastado das pessoas. – Você não devia de estar aqui, precisa voltar!
Dellano a puxou pelo pulso mais uma vez, mas ao invés de andar, ele a beijou com força.
- Eu não vou te deixar sozinha. – A voz dele finalmente saiu, porém tão firme que fez a menina se arrepiar. – Não importa o que me diga, eu não vou ir.
Anya sentiu que não havia escapatória.
- Não posso sair daqui, se eu voltar para os Reinos Enémenos, vou ser morta.
- Então eu fico.

Continua...

Você não tem ideia! !

Fadas podem fazer o que elas quiserem! Dentro ou fora da lei! Because she is criminal, criminal, criminal!

PARABÉNS POLLY!

PARTE 10 -

Ela o olhou com carinho, no fundo se sentia feliz por ele ser tão persistente. Viver sozinha não era tão divertido quanto pensara. A menina apontou para uma rua e os dois começaram a andar apressados até chegarem ao prédio sujo. Ele sentiu uma fisgada no coração, vendo o lugar onde Anya morava. Porém, por dentro ela havia feito um grande trabalho, pois tudo estava limpo e decorado com tintas e desenhos.
Um dos cômodos ela misturara, usando lençóis coloridos para separar em quarto, cozinha e sala, lembrando uma espécie de tenda indiana. Mas, ao invés do primeiro cômodo ser a sala, era o quarto, em tons de azul com todos os quadros que Anya havia feito e uma cama de solteiro. Eles abriram uma cortina e saíram na cozinha, que tinha tonalidades verdes, um único frigobar e uma mesinha de plástico. Ela tirou duas sprite dali, colocando uma na mão de Dellano e depois indo abrir outra cortina, que deu na sala. Ali já era tudo amarelo ou marrom, com uma poltrona e várias revistas espalhadas. Sentada com as pernas cuidadosamente cruzadas, estava uma mulher loira, com o cabelo liso tão comprido que parecia um véu em seus ombros. Os olhos eram azuis faiscantes, perfeitamente maquiados. Ela não parecia nem um pouco feliz, embora sua voz tenha saído doce e melodiosa.
- Não. Absolutamente não.
- Laire... – Começou Anya, se dirigindo a mulher que agora estava de pé. – Eu te imploro!
- Não há o que implorar, Poseidon proibiu isso.
Ela puxou Anya pela mão para ficar a frente. Dellano começou a ficar furioso, puxando a amada para perto dele.
- Eu disse que não, então porque não vai embora guerreiro marinho? – Laire disse secamente, puxando Anya de volta.
- Gente! – Gritou a menina, saindo de perto dos dois. – Sem me desmembrar, de preferência!
Dellano fuzilou Laire com o olhar, levando a mão à barra da calça por instinto, onde naturalmente ficaria sua espada. Mas, naquele dia, ela não estava ali.

Adorei Polly!!!!!
Parabéns =]