Contos de Terror!

Acabei de escrever um só pra exercitar um pouco:

SEDE

Meia noite e seis, sede, frio, os créditos finais sobem, Diego estava apavorado.

“Péssima ideia assistir filme de terror sozinho em casa” pensou consigo mesmo.

Precisava tomar coragem para ir até a cozinha, as luzes da casa todas apagadas, e aquela sensação de que alguém o estava observando, respirou fundo e pensou: “Foi só um filme! Aquelas criaturas nem existem! Não faz sentido ter medo, sozinho em casa ou com alguém dá no mesmo! Claro ou escuro nada muda, é só um medo irracional, seja homem e vá beber sua água! ”

Deu o primeiro passo no chão frio do seu quarto e acendeu a luz rapidamente tentando controlar o medo, mas logo pulou de volta para cama, jurou ter ouvido um barulho vindo da sala.

“Calma! É só minha imaginação, meus país estão viajando, eu estou só, a porta trancada com corrente, as janelas fechadas, não tem nem como entrar alguma coisa! ” Disse a si mesmo, na tentativa de se livrar do medo.

Quando abriu a porta do quarto, deu de encontro com um breu imenso, não dava para enxergar nada, se lembrou que o interruptor que ligaria a luz da sala se encontrava apenas do outro lado da mesma, ele teria que atravessar toda aquela escuridão...

Pegou o celular que estava jogado em cima da cama para iluminar seu caminho, o modelo era dos mais baratos, não tinha flash de câmera, logo teve que usar a própria tela para fazer o serviço, a iluminação era fraca, o silencio era angustiante, e a penumbra o lembrava do filme que acabara de assistir...

Foi andando devagar, chegou até a metade da sala, onde dava para entrada da cozinha, resolveu nem ir até o interruptor, queria beber logo sua água e correr para sua cama, entrou direto na cozinha, ligou a luz... Nada lá, obviamente era o único a estar ali.

Começou a encher o copo mas... Derrubou água por toda cozinha, pois dessa vez ele tinha certeza, ouviu um barulho vindo da sala, mirou o celular, não tinha nada, largou o copo ali mesmo, deixou o chão molhado e foi correndo desesperado de volta para o quarto, o celular em sua mão iluminando de forma incerta, mirando fortuitamente os cantos da sala, até formar uma sombra na parede ao lado de Diego que entrará no quarto e fechará a porta apressadamente, sem conseguir identificar aquela silhueta que havia aparecido.

Deitado na cama e coberto da cabeça aos pés ele pensava consigo mesmo “Calma! Não pode ser nada! Foi a minha imaginação! A sombra e o barulho foram a minha imaginação! Só tem eu aqui em casa!” Mas antes que pudesse completar o pensamento, algo bateu em sua porta...

TOC TOC

Seguida de uma voz gélida e incomum que sussurrava atrás da porta:
“Você esqueceu a sua água”.